24.6.07

É engraçado ver como eu fico mais produtiva e útil para o mundo quando estou sozinha. Acho que é porque eu penso mais em mim. Todo mundo deve ser assim.

Não vejo a hora de acabarem as provas finais. Eu preciso sair, interagir com o mundo, as novidades, os lançamentos, filmes, discos, ahhhhhhhhh. Preciso ir ao cinema novo e único de Bangu, o Cine Arte Bangu, que tem uma academia no andar de cima, mas, e daí ? isso é provisório.

Fora isso, nada. Aliás, algumas coisas. Mas você não vai ficar sabendo agora. Fique sabendo só que agora eu sei fazer lasanha de beringela, e é gostosa SIM.

19.6.07

Não é pelo que virá, mas pelas lembranças que ficam.
É o peso dos ombros que se curvam pela derrota, pelo percurso errante que se fez contra sua própria vontade.
O desânimo de uma nova tentativa também é triste. É quando se percebe que as possibilidades esgotaram, esvaíram, não depende mais de você. Depende de um outro olhar sobre a situação, outras conexões de neurônios, outras experiências - as quais, engula a seco - , são diferentes das suas.
Alternar o pensamento entre os próprios erros e os erros do outro é inútil e recorrente, mas inevitável.

***

- Não há o que consertar quando não se descobre a falha. Se quiser chamar de doença, esteja a vontade. Sou quem deveria te oferecer a cura, mas também não sei o que se passa.
- Os sintomas ruins , não há dúvida, foram sofridos. Se não há nada de errado, por que age de forma como se houvesse?
-O diagnóstico não foi muito claro.

(há uma mancha suspeita, porém o médico se recusa a fazer novos exames)

-É melhor não saber?
-O tempo é o senhor de todos os males, é o anestésico para todas as dores.
-Mas por quanto tempo? E se eu criar resistência ao tempo? Há como aumentar a dose? qual a medida?
Quanta vida, doutor, eu tenho de tempo?